quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MARQUINHOS DE OLINDA

Nascido em Rio Doce, distrito de Olinda, Pernambuco, Marquinhos de Olinda é mestre da madeira: marceneiro, carpinteiro, entalhador, restaurador e escultor.

Participou da restauração de diversos monumentos históricos do Estado da Bahia, entre eles a  Igreja de Nossa Senhora da Pena em Porto Seguro e a Igreja do Bonfim em Salvador.

Morador do Vale do Capão e do Centro Histórico de Salvador, Marquinhos de Olinda vem produzindo belos trabalhos de escultura em madeira e pedra, sempre atento à preservação da natureza; suas esculturas, entalhes e móveis artesanais são feitos a partir da reciclagem de madeiras e pedras de demolição e do aproveitamento de matérias-primas naturais.

Seu trabalho é uma miscigenação cultural, de um homem-rede que sabe ouvir, contar e expressar através das artes plásticas a diversidade do povo brasileiro.

Escultura em granito (restos de demolição de casa do Centro Histórico de Salvador) produzida em seu atelier no Santo Antônio Além do Carmo.


Escultura em madeira produzida no Vale do Capão a partir de um tronco caído, retirado do leito do Rio Preto.




quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Poesia Baiana: Silvério Duque

                                                                        Mulher dormindo de Pablo Picasso, (1936)




SONETO...


Porque eu te amo, dormirás agora
a repousar teu sono no meu sonho.
Que a tua boca e o teu silêncio sejam
estas fissuras pelo amor abertas.


No pequeno infinito de teu corpo
revivem com meus beijos tuas formas
e a oculta luz de tua terra e flores
que dormem rodeadas por meus braços.


Assim me abraço à toda arquitetura
intervalo entre os frutos e as raízes
porvir do barro, espaços e serenos


para colher apenas tua carne
para tornar a ver-te e te habitar
ó girassol voltado para as sombras.


Silvério Duque

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SANTO ANTÔNIO: SOSSEGO AMEAÇADO


A falta de segurança pública é apontada como o mais grave problema enfrentado pela população brasileira na atualidade. Seja em pequenas cidades como Cabaceiras do Paraguaçu, no recôncavo baiano, seja em grandes centros urbanos como Salvador, todos vivem com medo de serem assaltados, de terem suas aposentadorias roubadas no fim do mês, suas mansões ou estabelecimentos assaltados, de terem parentes sequestrados, de morrer por uma bala perdida ou bem direcionada para suas cabeças...


O bairro do Santo Antônio, um dos mais belos, bucólicos e tranquilos de Salvador, apareceu nas manchetes dos jornais e televisões esta semana, em mais um caso de assalto a turistas, tão comuns nos verões baianos. O que as reportagens não dizem é que a falta de segurança no bairro é uma constante e que nem o turismo tem força para mudar tal situação. Abaixo transcrevemos matéria do Correio da Bahia, sobre o ocorrido.



Câmeras flagram assalto a grupo de franceses em hotel no Santo Antônio
Dois homens e uma mulher levaram os pertences de duas famílias composta por dez pessoas que jantavam em um hotel do bairro

 
Detalhes de um crime revelados por olhos eletrônicos. Assim foi possível identificar o trio que fez um arrastão contra um grupo de turistas franceses que jantavam em um hotel do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico. Toda a ação foi registrada, na noite de quinta-feira, por seis câmeras instaladas em vários pontos do estabelecimento.
Dois homens e uma mulher levaram os pertences de duas famílias composta por dez pessoas, sendo dois casais e seis crianças, que vieram de Nova York passar as festas de fim de ano em Salvador.

Bandidos agem no Santo Antônio e a falta de segurança ameaça prejudicar negócio dos donos de pousada
Os ladrões têm estatura mediana e pele morena. Um dos bandidos aparece nas imagens usando camisa branca e boné vermelho e mancando da perna direita. O outro ladrão, de camisa bege e boné preto, chega ao hotel acompanhado de uma mulher com os cabelos presos e camiseta cinza. A filmagem tem a duração de cinco minutos.
Comparsas
As lentes registram desde o momento em que os bandidos rendem um dos funcionários da recepção até o momento em que o trio faz a “limpa” nas vítimas. O caso é apurado pela Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur).
Hospedadas no Solar do Carmo Hotel, as duas famílias optaram na quinta-feira por um jantar no Hotel Vila Santo Antônio, a poucos metros de onde haviam se hospedado. Por volta das 22h, o grupo chega ao Vila Santo Antônio e se senta na área externa do hotel, cuja vista dá para a Baía de Todos os Santos.
Em seguida, a câmera instalada na fachada do prédio registra o momento em que um dos ladrões passa em frente ao estabelecimento para averiguar se os franceses haviam sentado em uma das mesas. Logo depois, a comparsa passa também pela frente do hotel para ter certeza de que as vítimas eram os únicos clientes no saguão do hotel naquele momento.
Logo depois, o casal toca a campainha e o acesso deles é permitido por um dos funcionários. As armas dos bandidos estavam dentro de uma sacola transportada pela mulher. No balcão, o casal simula o interesse em uma diária.
Enquanto a dupla conversa na recepção, o terceiro bandido, mancando da perna direita, se aproxima e também pede informações sobre hospedagem. Num determinado momento, a mulher distribui as armas e os comparsas rendem o recepcionista.

Agressivos
Imediatamente, a mulher fecha as portas e as janelas para não chamar a atenção. Então, os três seguem para a área externa e vão diretamente aos turistas. Enquanto os dois ladrões mantêm as vítimas sob suas miras, a mulher coletava os pertences das vítimas. Depois, os três deixam o hotel. A mulher que entrou com a sacola aparece nas imagens levando duas bolsas.
Abalados, os turistas deixaram Salvador no dia seguinte. Eles anteciparam a viagem que fariam mais tarde para Lençóis, cidade turística na Chapada Diamantina.
De acordo com a ocorrência registrada na Deltur, os bandidos levaram máquinas fotográficas, cartões de crédito, R$ 1.500 e 850 euros. Uma funcionária do hotel relatou que os bandidos estavam muito agressivos. Esta não é a primeira vez que criminosos invadem o hotel. Há cerca de seis meses, três homens
entraram no local, renderam funcionários e roubaram hóspedes.
As duas famílias francesas passariam a noite de Natal com o amigo Dimitri Ganzelevitch, pesquisador e promotor cultural, que há 36 anos mora no Centro Histórico. “Eles têm altíssimo padrão de vida. Esse tipo de gente é formador de opinião. Quando voltarem para os seus países, vão divulgar a insegurança na Bahia”, lamentou. 

Centro Histórico: imagem arranhada
O agente de viagens capixaba Cláudio Dantas, 39 anos, antes de embarcar para Salvador, orientou a família quanto à insegurança no Centro Histórico. “A gente veio pra cá com receio, porque tem se falado muito da insegurança (da área). Por isso só andamos em grupo e em locais movimentados”, disse.
Até os próprios comerciantes do Centro Histórico estão orientando os turistas quanto à questão da segurança. “Nós queremos bem aos turistas, queremos que eles voltem. Por isso, pedimos a eles que não circulem com máquinas fotográficas, celulares e nem exibindo dinheiro. O policiamento não é suficiente. Tem dia que viatura aqui é uma raridade”, contou Flávia de Castro, balconista de uma sorveteria.
Sobre o policiamento, um soldado disse que o efetivo é pouco e das 14 câmeras destinadas ao monitoramento da região, algumas estão quebradas. O CORREIO procurou o 18º Batalhão da PM, foi orientado a ligar para o Departamento de Comunicação da corporação, mas não obteve sucesso.

http://www.correio24horas.com.br/noticias

sábado, 24 de dezembro de 2011

O FOGO DA LIBERDADE



Se não querem que eu ande,
Não tentem apagar do chão as marcas
Dos meus passos,
Nem mesmo queiram conter-me ou amarrar-me,
Mas me cortem logo as pernas de uma vez.

Se não querem que eu fale
Não me queiram limitar as palavras,
Nem mesmo tapar-me a boca,
Mas arranquem-me logo a língua de uma vez.

Se não querem que eu ouça,
Nem me venham falar de falsas verdades,
Nem mesmo tentem me tapar os ouvidos,
Mas furem-me logo os tímpanos de uma vez.

Se não querem que eu veja,
Não tentem pintar colorido o que eu sei ser negro,
Nem mesmo venham vendar-me os olhos,
Mas arranquem-me logo as retinas de uma vez.

E se ainda na querem que a minha mente pense,
Não me venham tentar fazer-me a cabeça,
Então me extirpem logo o cérebro de uma vez,
Pois só assim conseguirão apagar as chamas
Que dentro de mim prenunciam o imenso clarão
Do Fogo da Liberdade.



Jorge Carvalho

NÓS A APOIAMOS.

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PARA REFLETIR:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

População carente




As estatísticas não nos incluíram
entre os felizes no amor:
a pequena parcela de privilegiados
que vivem os contos de fada.
Pertencemos à maioria
dos necessitados de afeto, dos mal amados:
os que vivem os contos de tédio.

Os números indicam
que paixão correspondida
e ventura conjugal,
são artigos de luxo
em qualquer classe social.

O mercado não sinaliza
com mudanças em curto prazo
nas tendências de queda do amor,
e qualquer análise mais otimista
só mesmo em devoção ou propaganda
nos maios e junhos festeiros.

Edinho Gouveia




Ativistas LGBT defendem texto original de projeto de lei que criminaliza homofobia
Participantes fazem avaliação positiva de 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos LGBT, realizada em Brasília, na semana passada
São Paulo – Depois de quatro dias de palestras, discussões e troca de informações, ativistas destacam resultados da 2ª Conferência Nacional LGBT, na semana passada, em Brasília, ressaltando a necessidade de se avançar nas políticas públicas para o exercício pleno da cidadania dessa parcela da sociedade.
Para Mariana Rodrigues, articuladora estadual da Liga Brasileira de Lésbicas em São Paulo, o encontro foi positivo, considerando desde as propostas discutidas até a organização do movimento para manter a luta pelas bandeiras LGBT no país. A ativista afirma que uma das prioridades  da mulher lésbica e bissexual é no âmbito da saúde,  tanto na falta de pesquisas específicas sobre doenças sexualmente transmissíveis como na falta de informação e de abordagem qualificada por parte dos agentes de saúde.

"Não há pesquisas conclusivas sobre o contágio do HIV entre mulheres, por exemplo. Alguns defendem que o risco é baixo, outros ao contrário. Queremos pesquisas que esclareçam a questão. Além de novas tecnologias para proteção queremos que o atendimento seja mais humanizado, sem preconceitos", disse  Mariana.

Outro preocupação citada pela ativista é a violência contra essas mulheres, tanto aquela motivada por homofobia como a violência doméstica entre lésbicas. "Temos grandes problemas com estupros contra mulheres lésbicas jovens e também adultas", conta, afirmando que homens despreparados para lidar com a diversidade sexual muitas vezes cometem esse tipo de crime, acreditando que a vítima pode mudar sua a orientação de sua afetividade.
Já sobre a violência doméstica, Mariana diz que a Lei Maria da Penha pode também ser utilizada para casais homoafetivos – uma vez que se trata de leis que versam sobre agressão a mulheres por parte dos parceiros, independentemente da natureza da relação. "No entanto – diz – a jurisprudência sobre o tema ainda é confusa."
Prioridades
Um dos pontos de convergência entre os ativistas e os representantes do governo é o investimento na área de educação para o combate a homofobia e ao assédio moral nas escolas. Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, o Executivo precisa se voltar para a educação humanizada e cidadã, assim como o Legislativo tem de priorizar a criminalização da homofobia. Já para a representante da Liga de Lésbicas, a lei contra a homofobia é um mecanismo paliativo e emergencial que não precisará existir mais depois que as pessoas estiverem educadas e acostumadas com a diversidade.

Em várias mesas de discussão os ativistas cobraram que o texto do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que combate a homofobia, volte ao original já que o atual deixa muitas questões em aberto. “A nova versão não deixa claro que os atos de homofobia são tipificados no Código Penal. Os movimentos entendem que o substitutivo é genérico e cria dificuldade para os juízes interpretarem os casos de homofobia como crimes”, diz Gustavo Bernardes, coordenador-geral dos Direitos LGBT da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

No início de dezembro, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) afirmou que a bancada evangélica não enxergava um acordo a respeito do PLC 122. Só aceitariam o arquivamento da mesma e uma substituição pelo substitutivo proposto pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) e não o texto original acrescido de emendas.

Os participantes da conferência aprovaram na madrugada de segunda-feira (19) mais de 90 diretrizes que devem ser incorporadas ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNLGBT).

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/12/ativistas-consideram-conferencia-lgbt-positiva


Poesia Baiana


PLAN DE LA RUE NICOLAS-CHARLET DANS LE 11e ARRONDISSEMENT
 
(Miguel Carneiro)
 
Il est trois heures
à Paris.
Sur les quais de la Seine
un homme marche.
Pedro Vianna, in À Paris
 
 
I
 
As ruas por onde um dia eu passei
escondem nas entranhas
em cada pedra que pisei
os meus passos ligeiros.
Foram passadas ignávias
que o tempo não cuidou de apagá-las.
Qual pedra ainda guarda
aquela passada tímida
quase indefesa
quando buscava meu verdadeiro pouso?
Creio que naqueles frios granitos
de ruas parisienses
ainda ressoa meu andar apressado
sepultado por outros passos
imersos em profundo isolamento.
O peso do mundo sobre minhas costas
eu coxo de tanto lutar
cravava na rocha ígnea
passadas sérias como se fosse um militar.
Ruas por onde um dia eu passei
retumba no ar o cheiro dos meus pés,
no basalto duro moldado pela picola
banhado a sangue e suor,
nas pedreiras azuis dos Pirineus.
Estrangeiro de mim mesmo
comboiava solitário sem cais de atracação
com um verso clandestino na memória
e a alma impregnada de dispersão.
 
 
 
II
 
Em que pedras guardas o caminhar de minha amada
na tarde ensolarada de Printemps parisiense?
Ò Pórfiro,
com qual delicadeza amalgamaste
na poeira esquecida
as pisadas pequenas de minha flor
entre o boulevard Malesherbes
e a place de La Madeleine?
 
 
 
III
 
Sob os meus pés,
no território dos sonhos,
dirijo-me a ti,
Reino Mineral,
na esperança de que guardaste em clave
o troar macio da marcha de minha doce namorada,
naquele distante inverno
sombrio de Setenta e Seis.
Pois
a memória dos homens padece de celebração.
Vão eles no porvir das auroras
expurgando sem compromisso
qualquer tipo de recordação.
Só tu,
Rocha!
Agasalhas a minha estranha lembrança.
E sob os meus pés
a memorável pátria da liberdade
eterniza-se em fôrma de bronze.
E por essas ruas, praças, bulevares
guardas minhas passadas
e também a poeira de nosso tropel
que não mais advirão.
 
 
 
IV
 
A saudade encharca
o meu peito estrangeiro
quando debruço de cansaço nos Jardins du Luxembourg.
E, com um exemplar atrasado do Libération,
aguardo ansioso o teu advento.
Mas sem carte Orange,
burlando a fiscalização,
caminho por essas gares em busca de teu rosto.
Ó Chantal!
diva de minha estação.
E, no entanto,
eu sei onde te encontrar:
no Bois de Boulogne,
luminosa,
de cabelos longos,
perto de Mouffetard.
 
 
 
V
 
Um imigrante senegalês morto de frio,
deitado ao chão.
Um totem africano espantando o inevitável infortúnio,
e os homens de quepes azuis caçando algozes, passam...
Disfarço-me de europeu,
numa terra povoada por argelinos.
Busco comprar num marroquino
um haxixe bom
fumado num narguilé.
 
 
 
VI

Eu sei que a França poderia ser a minha pátria
e nela eu me inteiro encerrar.
Mas com tantos sertões no meu lombo
torna-se difícil me acostumar.
Sou das pelejas de caminhos tiranos,
sofrer não escolhe lugar.
 
 
 
VII
 
No Marché aux Puces,
procuro pelo vidro de perfume patchuli.
Mas a passagem aérea
perdida num vagabundo vagão
onde um mutilado de guerra
escarra as minhas costas
vem de chofre a me atormentar.
Aqui por tudo se pede:
 ‘S’il vous plaît!’,
nessa terra repleta
de amabilidade e comoção.
Telefono, então,
para o poeta Pedro Vianna,
da place de Clichy.
Em Châtelet,
dois clochards se encharcam de vinho
à entrada da estação.
Descortina a Île-de-France,
e os diabinhos do pórtico
da Catedral Notre Dame
chamam-me as atenções.
Eu te desejo ò cidade!
Eu te conclamo no meu canto
nessas tardes de completa solidão.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011



PARA QUE SERVEM AS ASAS
Edmilson Brow


Tem quem diga,
Que eu sou
Um sentimental,
Mas é a minha
Sensibilidade que
Não agüenta ver
Asas reprimidas,
Que não podem voar.
São aves presas,
Engaioladas, que cantam
Para de tristeza não morrer.
Por isso eu digo:
Soltem os pássaros!
Reflitam uma idéia,
Lógica e racional.
Para que servem as asas,
Senão para voar e
Novos horizontes conhecer?


Manifestação em Saõ Paulo - 17/12: Em defesa do Xingu, da integridade dos ecossistemas, dos índios e de todos os ribeirinhos.



GUERREIRA NEGRA

Ontem 19/12 foi um dia histórico: o Tribunal de Justiça da Bahia, nomeou como desembargadora a juíza Luislinda Valois, a primeira negra a conquistar tal cargo.


Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (6), em Brasília, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que a juíza baiana Luislinda Valois fosse promovida ao cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
O CNJ utilizou como argumento principal o critério de antiguidade para a concessão da promoção. O relator do caso, Jorge Hélio Chaves de Oliveira, e todos os demais conselheiros decidiram de forma unânime em prol do requerimento.
“É o reconhecimento da luta de uma mulher negra, rastafári, que conseguiu sair vitoriosa deste processo. É uma conquista para o povo negro da Bahia”, afirmou Luislinda, primeira juíza negra do Brasil. Desde agosto de 2010, ela ocupava o cargo de desembargadora substituta no TJ. Com a proximidade da aposentadoria compulsória, a nomeação de Valois como desembargadora titular poderia não ocorrer.
De acordo com a juíza, que acompanhou toda a audiência, o Tribunal deverá agora organizar a data da posse e a cerimônia oficial.
Sobre Valois
Valois foi a primeira juíza negra a proferir uma sentença contra o racismo no Brasil. Ela trabalhou no interior baiano até ser promovida para Salvador, em1993. Ajuíza foi a responsável por reativar dezenas de Juizados Especiais em municípios da Bahia e criou e instalou a Justiça Itinerante e o Juizado Itinerante Marítimo.
Fonte: Correio da Bahia
Retrospectiva 2011: Lei da Ficha Limpa caminha a passos lentos e definição fica para 2012
Em doses homeopáticas, STF julga se a lei terá ou não validade na eleição do ano que vem.
A Lei da Ficha Limpa termina o ano com um ponto de interrogação sobre seu alcance. Em março, o Supremo Tribunal Federal decidiu que apenas em 2012 candidatos com ficha suja ficariam proibidos de se candidatar. Faltou decidir, no entanto, se a lei poderia barrar políticos com processos julgados antes da sanção da lei e aqueles com processo sem trânsito em julgado, ou seja, quando ainda é possível recorrer. O julgamento foi retomado em novembro, mas foi adiado para evitar o risco de um empate, já que a Corte ainda esperava a posse de Rosa Maria Weber, que ocupou a vaga deixada com a aposentadoria da ministra Ellen Gracie.
Em maio, a lei que mobilizou milhões no País, completou um ano. Mesmo aprovada na Câmara em tempo considerado recorde e ter feito Joaquim Roriz renunciar à candidatura pelo governo do Distrito Federal, a lei acumularia só boas notícias não fossem as dúvidas jurídicas que ela carrega.
Na avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a aplicação efetiva da lei depende dessas decisões. "(Sem isso,) a lei e nada será a mesma coisa", afirmou o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, quando a Ficha Limpa completou um ano.
O último julgamento, no início de dezembro, foi interrompido pela segunda vez por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, que disse não ter certeza se conseguiria ainda em 2011 liberar as ações para julgamento. Por enquanto, só são conhecidos dois votos, ambos favoráveis a declarar constitucional a norma.
Fichas sujas assumem. A primeira leva de políticos graúdos atingidos pela Lei da Ficha Limpa está livre, exercendo mandatos parlamentares. A decisão do STF de que a lei só valerá a partir das eleições de 2012 permitiu a posse de políticos que haviam sido eleitos em 2010, mas foram barrados pela lei. Em julho, assumiram vagas na Câmara dos Deputados João Pizzolatti (PP-SC), Janete Capiberibe (PSB-AP) e Magda Moffato (PTB-GO).
No dia 8 de novembro, foi a vez de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o primeiro dos três senadores eleitos e barrados pela Lei da Ficha Limpa na hora de assumirem os mandatos. Ex-governador da Paraíba, ele teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2009, acusado de compra de votos durante a campanha de 2006. Em seu discurso de posse, o tucano criticou a decisão judicial que impediu sua posse, afirmando que "juiz nenhum pode substituir o povo".
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,retrospectiva-2011-lei-da-ficha-limpa-caminha-a-passos-lentos-e-definicao-fica-para-2012,812638,0.htm

Saem 9 milhoes por dia para os Paraisos Fiscais

TERROR NO CAPÃO

]
Soubemos através da Internet que vários amigos, moradores do Vale do Capão (Palmeiras-BA), foram vítimas de trotes teroristas em que supostos sequestradores afirmavam estar de posse de seus filhos ou parentes. Aproveitando a surpresa da notícia e o terror causado, esses bandidos colocam crianças ou adolescentes gritando do outro lado da linha, simulando serem os filhos das vítimas, ampliando a desespero de pais e parentes ao gritarem que estão sofrendo violências e sempre solicitando que os resgates sejam pagos.
Recebemos mensagens de Francesca (Chica) e de André Vicente que quase como loucos saíram desesperados pensando em depositar as quantias exigidas pelos criminosos... Ainda bem que não chegaram a cair no golpe, pois antes tiveram notícias da segurança de seus entes queridos.
Esse golpe é bastante comum em cidades grandes, já foi amplamente divulgado pela Internet e é atribuído aos comandos existentes nos presídios. O que causa estranheza no caso do Capão é a riqueza de detalhes sobre os supostos sequestrados, o que pode ser uma evidência da participação de alguém que mora ou costuma ir com frequência ao Vale...

ABRINDO OS TRABALHOS

Apesar de existir como domínio há algum tempo estamos iniciando hoje as atividades do nosso blogue.
A sua participação é fundamental: comente, divulgue, mande notícias, artigos, vídeos, poesias, etc.

Um grande abraço

Emilson Menezes
Luiz Edmundo

Segue uma poesia divulgada recentemente por amigos no facebook, de autor desconhecido, que muito tem a ver com o espírito poético e alternativo do nosso jornal...